Esta sou eu, verso e inverso. Isto é o que vivo, o que penso, o que rio, o que choro, o que amo... São palavras

que me definem, mesmo que a maior parte delas não sejam minhas... Isto é o que sinto. Ponto.

quinta-feira, 10 de março de 2011



"Depois de cada momento de fraqueza, meu coração prepara, em silêncio, uma nova fornada de coragem. Às vezes cansa, sim, mas combinamos (eu e ele) de não desistir da força que verdadeiramente nos move". (Ana Jácomo)

(eu convalescendo de maaaaais umaaaaa cirurgia)


"A maior riqueza do homem é a sua incompletude. Nesse ponto sou abastado. Palavras que me aceitam como sou - eu não aceito. Não agüento ser apenas um sujeito que abre portas, que puxa válvulas, que olha o relógio, que compra pão às 6 horas da tarde, que vai lá fora, que aponta lápis, que vê a uva etc. etc. Perdoai. Mas eu preciso ser Outros. Eu penso renovar o homem usando borboletas." (Manoel de Barros)


“Quero ser o teu amigo. Nem demais e nem de menos.
Nem de longe e nem tão perto.
Na medida mais precisa que eu puder
Mas amar-te sem medida e ficar na tua vida,
Da maneira mais discreta que eu souber.
Sem tirar-te a liberdade, sem jamais te sufocar
Sem forçar tua vontade
Sem falar, quando for hora de calar
E sem calar, quando for hora de falar
Nem ausente, nem presente por demais
Simplesmente, calmamente ser-te paz
É bonito ser amigo, mas confesso, é tão difícil aprender!
E por isso eu te suplico paciência
Vou encher este teu rosto de lembranças,
Dá-me tempo de acertar nossas distâncias.”

(Fernando Pessoa)

terça-feira, 8 de março de 2011



Como fosse um rio em seu leito

deixo que as águas me levem,

elas sabem por onde eu devo ir,

sabem melhor que eu como chegar.

E assim elas escolhem o caminho,

sem eu nem saber onde vai dar.

O importante é não seguir sozinho

e lá no fim, enfim, chegar ao mar.


"... amadurecer como uma árvore que não apressa sua seiva e permanece confiante durante as tempestades da primavera, sem o temor de que o verão não possa vir depois. Ele vem apesar de tudo. Mas só chega para os pacientes, para os que estão ali como se a eternidade se encontrasse diante deles, com toda amplidão e serenidade, sem preocupação alguma. Aprendo isto diariamente, aprendo em meio a dores às quais sou grato: a paciência é tudo!”
(Rilke em “Cartas a um Jovem Poeta”)


"Contei meus anos e descobri que terei menos tempo para viver daqui para a frente do que já vivi até agora. Tenho muito mais passado do que futuro. Sinto-me como aquele menino que recebeu uma bacia de cerejas. As primeiras, ele chupou displicente, mas percebendo que faltam poucas, rói o caroço.
Já não tenho tempo para lidar com mediocridades. Não quero estar em reuniões onde desfilam egos inflamados. Inquieto-me com invejosos tentando destruir quem eles admiram, cobiçando seus lugares, talentos e sorte.
Já não tenho tempo para conversas intermináveis, para discutir assuntos inúteis sobre vidas alheias que nem fazem parte da minha. Já não tenho tempo para administrar melindres de pessoas, que apesar da idade cronológica, são imaturos. Detesto fazer acareação de desafetos que brigaram pelo majestoso cargo de secretário geral do coral.
As pessoas não debatem conteúdos, apenas os rótulos. Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos, quero a essência, minha alma tem pressa… Sem muitas cerejas na bacia, quero viver ao lado de gente humana, muito humana; que sabe rir de seus tropeços, não se encanta com triunfos, não se considera eleita antes da hora, não foge de sua mortalidade, caminhar perto de coisas e pessoas de verdade.
O essencial faz a vida valer a pena. E para mim, basta o essencial!"

(Mario de Andrade)

sábado, 5 de março de 2011



"Concedei-nos, Senhor, a serenidade necessária para aceitar as coisas que não podemos modificar, coragem para modificar aquelas que podemos e sabedoria para distinguir umas das outras".(Reinhold Niebuhr)

quinta-feira, 3 de março de 2011


"A esperança me chama e eu salto a bordo como se fosse a primeira viagem. Se não conheço os mapas, escolho o imprevisto: qualquer sinal é um bom presságio. Seja como for, eu vou, pois quase sempre acredito: ando de olhos fechados mas não desisto. A dor eventual é o preço da vida: passagem, seguro e pedágio".
(Lya Luft)