Esta sou eu, verso e inverso. Isto é o que vivo, o que penso, o que rio, o que choro, o que amo... São palavras

que me definem, mesmo que a maior parte delas não sejam minhas... Isto é o que sinto. Ponto.

quinta-feira, 24 de junho de 2010








Com(versão)

Mara Regina Weiss

A palavra quase sempre me persegue
ela vem ligeira atrás, aonde eu vou,
se traveste de mim, vem como eu sou
antes que eu a perceba e a renegue.
Faz-se passar por mim, a zombeteira,
não consigo fugir ainda que queira,
ela quer que eu me canse e me entregue.
E quando enfim, entrego-me ao verso
ela assiste feliz e eu desconverso,
e ainda assim ela não me deixa em paz
faço uma rima, ela pede outras mais
e o poema quase vira um desconcerto,
eu me perco no seu vasto universo,
ela quer que eu me converta eu me converto:
acho que aí é que eu sempre viro(in)verso.

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