Esta sou eu, verso e inverso. Isto é o que vivo, o que penso, o que rio, o que choro, o que amo... São palavras
que me definem, mesmo que a maior parte delas não sejam minhas... Isto é o que sinto. Ponto.
que me definem, mesmo que a maior parte delas não sejam minhas... Isto é o que sinto. Ponto.
segunda-feira, 31 de janeiro de 2011
domingo, 30 de janeiro de 2011
"Eu apenas queria que você soubesse que aquela alegria ainda está comigo. E que a minha ternura não ficou na estrada, não ficou no tempo, presa na poeira. Eu apenas queria que você soubesse que esta menina hoje é uma mulher, e que esta mulher é uma menina que colheu seu fruto, flor do seu carinho... Eu apenas queria dizer a todo mundo que me gosta, que hoje, eu me gosto muito mais porque me entendo muito mais também... E que a atitude de recomeçar é todo dia, toda hora. É se respeitar na sua força e fé, é se olhar bem fundo até o dedão do pé... Eu apenas queria que você soubesse que essa criança brinca nesta roda e não teme o corte das novas feridas pois tem a saúde que aprendeu com a vida..."
sábado, 29 de janeiro de 2011
terça-feira, 25 de janeiro de 2011
"Amo os grandes rios,
pois são profundos como a alma dos homens.
Na superfície são muito vivazes e claros,
mas nas profundezas são tranquilos e escuros
como os sofrimentos dos homens.
Amo ainda mais uma coisa de nossos grandes rios:
sua eternidade.
Sim, rio é uma palavra mágica
para conjugar eternidade…"
Guimarães Rosa
Tenho pensado muito ultimamente em como gostaria de tomar um banho de rio, como fiz quando pequena, na casa da minha nôna... muiiiitos anos atrás... quero tomar um banho demorado de rio, inda antes de morrer....
segunda-feira, 24 de janeiro de 2011
"Que todo mundo tenha um amor quentinho.
Descanso pro complicado do mundo.
Surpresa pra rotina dos dias.
A quem esperar.
De quem sentir saudades.
Um nome entre todos.
O verso mais bonito.
A música que não se esquece.
O par pra toda dança.
Por quem acordar.
Com quem sonhar antes de dormir.
Uma mão pra segurar, um ombro pra deitar, um abraço pra morar.
Um tema pra toda história.
Uma certeza pra toda dúvida.
Janela acesa em noite escura.
Cais onde aportar.
Bonança, depois da tempestade.
Uma vida costurar na sua, com o fio compriiiiido do tempo."
Briza Mulatinho.
Perguntais-me como me tornei louco. Aconteceu assim:
Um dia, muito tempo antes de muitos deuses terem nascido, despertei de um sono profundo e notei que todas as minhas máscaras tinham sido roubadas – as sete máscaras que eu havia confeccionado e usado em sete vidas – e corri sem máscara pelas ruas cheias de gente gritando: “Ladrões, ladrões, malditos ladrões!”
Homens e mulheres riram de mim e alguns correram para casa, com medo de mim.
E quando cheguei à praça do mercado, um garoto trepado no telhado de uma casa gritou: “É um louco!” Olhei para cima, para vê-lo. O sol beijou pela primeira vez minha face nua.
Pela primeira vez, o sol beijava minha face nua, e minha alma inflamou-se de amor pelo sol, e não desejei mais minhas máscaras. E, como num transe, gritei: “Benditos, benditos os ladrões que roubaram minhas máscaras!”
Assim me tornei louco.
E encontrei tanto liberdade como segurança em minha loucura: a liberdade da solidão e a segurança de não ser compreendido, pois aquele que nos compreende escraviza alguma coisa em nós.
Da saudade
"na hora de pôr a mesa, éramos cinco:
o meu pai, a minha mãe, as minhas irmãs
e eu. depois, a minha irmã mais velha
casou-se. depois, a minha irmã mais nova
casou-se. depois, o meu pai morreu. hoje,
na hora de pôr a mesa, somos cinco,
menos a minha irmã mais velha que está
na casa dela, menos a minha irmã mais
nova que está na casa dela, menos o meu
pai, menos a minha mãe viuva. cada um
deles é um lugar vazio nesta mesa onde
como sozinho. mas irão estar sempre aqui.
na hora de pôr a mesa, seremos sempre cinco.
enquanto um de nós estiver vivo, seremos
sempre cinco."
do Livro A criança em ruínas de José Luís Peixoto
Quando li esta passagem de livro lembrei da minha família. Também éramos cinco. Mas cinco irmãos. Com o meu pai e a minha mãe éramos sete. A minha irmã mais velha casou, depois meu irmão mais velho, em seguida minha irmã mais nova, depois o mais novo, meu pai morreu, depois minha irmã mais nova também...
Hoje na hora de por a mesa somos oito: menos os meus irmãos que casaram todos, menos meu pai e minha irmã mais nova que morreram, menos a minha mãe viúva. Cada um deles é um lugar vazio na minha mesa também, mas todos eles estão bem vivos prá mim, na minha mesa, e com meu marido que ainda não estava na história, hoje todos eles ainda somam oito. Sempre vivos prá mim!
sábado, 22 de janeiro de 2011
"Não sou pra todos. Gosto muito do meu mundinho. Ele é cheio de surpresas, palavras soltas e cores misturadas. Às vezes tem um céu azul, outras tempestade. Lá dentro cabem sonhos de todos os tamanhos. Mas não cabe muita gente. Todas as pessoas que estão dentro dele não estão por acaso. São necessárias."
Caio Fernando Abreu
quinta-feira, 20 de janeiro de 2011
"O tempo, de vento em vento, desmanchou o penteado arrumadinho de várias certezas que eu tinha, e algumas vezes descabelou completamente a minha alma. Mesmo que isso tenha me assustado muito aqui e ali, no somatório de tudo, foi graça, alívio e abertura. A gente não precisa de certezas estáticas. A gente precisa é aprender a manha de saber se reinventar. De se tornar manhã novíssima depois de cada longa noite escura. De duvidar até acreditar com o coração isento das crenças alheias. A gente precisa é saber criar espaço, não importa o tamanho dos apertos. A gente precisa é de um olhar fresco, que não envelhece, apesar de tudo o que já viu. É de um amor que não enruga, apesar das memórias todas na pele da alma. A gente precisa é deixar de ser sobrevivente para, finalmente, viver. A gente precisa mesmo é aprender a ser feliz a partir do único lugar onde a felicidade pode começar, florir, esparramar seus ramos, compartilhar seus frutos". Ana Jácomo
quarta-feira, 19 de janeiro de 2011
Desiderata
Siga tranqüilamente entre a inquietude e a pressa,
lembrando-se de que há sempre paz no silêncio.
Tanto quanto possível sem humilhar-se,
mantenha-se em harmonia com todos que o cercam.
Fale a sua verdade, clara e mansamente.
Escute a verdade dos outros, pois eles também têm a sua própria história.
Evite as pessoas agitadas e agressivas: elas afligem o nosso espírito.
Não se compare aos demais, olhando as pessoas como superiores ou inferiores a você:
isso o tornaria superficial e amargo.
Viva intensamente os seus ideais e o que você já conseguiu realizar.
Mantenha o interesse no seu trabalho,
por mais humilde que seja,
ele é um verdadeiro tesouro na continua mudança dos tempos.
Seja prudente em tudo o que fizer, porque o mundo está cheio de armadilhas.
Mas não fique cego para o bem que sempre existe.
Em toda parte, a vida está cheia de heroísmo.
Seja você mesmo.
Sobretudo, não simule afeição e não transforme o amor numa brincadeira,
pois, no meio de tanta aridez, ele é perene como a relva.
Aceite, com carinho, o conselho dos mais velhos
e seja compreensivo com os impulsos inovadores da juventude.
Cultive a força do espírito e você estará preparado
para enfrentar as surpresas da sorte adversa.
Não se desespere com perigos imaginários:
muitos temores têm sua origem no cansaço e na solidão.
Ao lado de uma sadia disciplina conserve,
para consigo mesmo, uma imensa bondade.
Você é filho do universo, irmão das estrelas e árvores,
você merece estar aqui e, mesmo se você não pode perceber,
a terra e o universo vão cumprindo o seu destino.
Procure, pois, estar em paz com Deus,
seja qual for o nome que você lhe der.
No meio do seu trabalho e nas aspirações, na fatigante jornada pela vida,
conserve, no mais profundo do seu ser, a harmonia e a paz.
Acima de toda mesquinhez, falsidade e desengano,
o mundo ainda é bonito.
Caminhe com cuidado, faça tudo para ser feliz
e partilhe com os outros a sua felicidade".
DESIDERATA - Do Latim Desideratu: Aquilo que se deseja, aspiração.
Este texto foi encontrado na velha Igreja de Saint Paul, Baltimore, e traduzida por Jehud Bortolozzi - o mais interessante é que foi datada de 1.684 (1692).
Foi citada no livro "Mensagens do Sanctum Celestial", do Fr. Raymond Bernard.
O texto é de Max Ehrmannn e foi registrado pela primeira vez em 1927.
Hoje em dia pertence à © Robert L. Bell.
"Ando devagar
Porque já tive pressa
E levo esse sorriso
Porque já chorei demais
Hoje me sinto mais forte,
Mais feliz, quem sabe
Eu só levo a certeza
De que muito pouco sei,
Ou nada sei
Conhecer as manhas
E as manhãs
O sabor das massas
E das maçãs
É preciso amor
Pra poder pulsar
É preciso paz pra poder sorrir
É preciso a chuva para florir
Penso que cumprir a vida
Seja simplesmente
Compreender a marcha
E ir tocando em frente
Como um velho boiadeiro
Levando a boiada
Eu vou tocando os dias
Pela longa estrada, eu vou
Estrada eu sou
Todo mundo ama um dia,
Todo mundo chora
Um dia a gente chega
E no outro vai embora
Cada um de nós compõe a sua historia
Cada ser em si
Carrega o dom de ser capaz
De ser feliz
Ando devagar
Porque já tive pressa
E levo esse sorriso
Porque já chorei demais
Cada um de nós compõe a sua historia
Cada ser em si
Carrega o dom de ser capaz
De ser feliz"
Tocando em Frente
Almir Sater
Composição: Almir Sater e Renato Teixeira
segunda-feira, 17 de janeiro de 2011
domingo, 16 de janeiro de 2011
sábado, 8 de janeiro de 2011
Viajar é mudar o cenário da solidão. [Mário Quintana]
(...) Olha o tanto de coisas que você colocou nessa mala. Você vai viajar ou se mudar. Ainda pretende voltar?
Claro... não é muita coisa...São para alguns dias.
Quantos? 6 meses?
Não. Parei já. Tudo pronto. Roupas. Sapatos. Fotos. Câmera. Medicamentos. Chocolate. Chiclete. Livro. Música. Caderno. Canetas. Protetor solar. Óculos. Documentos. Cachecol (por que nunca se sabe).
Não tá esquecendo nada?
Não. Isso é tudo. Eu acho.
Não to vendo seu coração aí.
Não. Não tem espaço mais pra ele. Esse eu vou deixar.
(deconheço o autor)
Pensando já com muitas saudade no meu filho-viajante que entre idas e vindas já foi de novo... Te amo muito!
(na foto meu filho Maico)
terça-feira, 4 de janeiro de 2011
"Não lembro em que momento percebi que viver deveria ser uma permanente reinvenção de nós mesmos — para não morrermos soterrados na poeira da banalidade embora pareça que ainda estamos vivos. Mas compreendi, num lampejo: então é isso, então é assim. Apesar dos medos, convém não ser demais fútil nem demais acomodada. Algumas vezes é preciso pegar o touro pelos chifres, mergulhar para depois ver o que acontece: porque a vida não tem de ser sorvida como uma taça que se esvazia, mas como o jarro que se renova a cada gole bebido. Pensar é transgredir."
(Lya Luft)
segunda-feira, 3 de janeiro de 2011
FELIZ ANO NOVO!!!! FELIZ 2011!!!!
Eu tenho cada vez mais menos respostas, mas também tenho cada vez mais menos perguntas. Disso eu não duvido mais: tenho cada vez menos certezas. Quanto mais o tempo passa, eu fico menos à vontade para alimentar dores e com muito mais preguiça de sofrer. Quanto mais o tempo passa, menos faço por onde adiantar a morte, mais tento fazer por onde aproximar a vida. Os fios grisalhos da cabeleira também menina da minha alma dizem um viço que acende a vontade dos encantamentos de verdade. De verdade, entenda, é quando o encantamento realmente faz a gente sorrir.
Coisas que já me importaram à beça já não me importam nem um pouco, enquanto aquilo que essencialmente sempre teve importância me importa, agora, com mais nitidez. Como deve acontecer com outros tantos aprendizes da coragem, às vezes, cansadíssima das lições e do método pedagógico, eu recordo que a covardia, pelo menos na aparência, é bem mais fácil, bem menos trabalhosa, e, claro, bem mais egoísta, eu já estive lá com muito mais frequência. Mas aí, justo neste ponto, costuma acontecer algo bem bonito: também recordo de cada flor que veio à tona só porque tive coragem de cuidar da semente. Só porque não me acovardei, mesmo que tantas vezes com todo medo do mundo.
Para o ano novo, se eu conseguir ser nova, quero o sabor de saber, na prática, que somos feitos para a felicidade. Para a troca. Para a paz. Para a bondade. Para facilitarmos a existência uns dos outros. Para a coragem e a alegria de simplesmente ser.
(Ana Jácomo)
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